sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ser-me(-ia)

Quanto daquel'água
me resta ainda ao corpo?

Quanto daquelas vozes
ainda falo?

Quanto deles
ainda
sou?

Que sou?
Que falo?
E que turva água
é esta que me enxarca
com o que não sou?

4 comentários:

Cecília disse...

Muito. Muitas. Muitos.

Dario Dariurtz disse...

Sou muitos, não sou nenhum, não sou, nenhum, nem ninguém. sou algum, sou alguém. Existem muitos deve ser por isso que não se reconhece ninguém.

Abraço

Anônimo disse...

Ouvi Paulo Autran, ao ler.

Josie Pontes disse...

perguntas númerais sempre são dificeis de se responder.