domingo, 25 de julho de 2010

Sonho

A verdade é que eu sempre quis contar as flores e as borboletas que havia nos cabelos dela. Aquele emaranhado de cachos inundados de um doce perfume de jasmins e margaridas.
Vasta cabeleira que ainda me facina. Quem me dera voltar a este sonho tranquilo que tive há pouco, em que a via correr por entre árvores e cipós de uma mata verde, amarela, vermelha, azul e de tantas cores ainda não catalogadas ou mesmo sonhadas por outrem. Mas havia tanto branco! O branco de um sorriso sincero, pueril.
E as flores lhe caíam dos cabelos, a toda hora, sempre e sempre, e não parava. Como poderiam existir tantas flores a cair? Sua cabeça era uma primavera infinita. Era isso. E quando virou-se e veio ter a mim, parou seus lábios próximos aos meus e falou... Não consegui ouvir ou mesmo entender. Foi então que abri os olhos e me pus aqui a relembrar.

5 comentários:

Cecília disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cecília disse...

O tipo de sonho mais verossímil que a realidade?

Anônimo disse...

Seus planos pra primavera infinita, Mafalda quer saber. A dica você lembra:
"-Rejubila-te – gritou-lhe o Rouxinol – Rejubila-te; terás a tua rosa vermelha." (Wilde)

Ada Gomes disse...

Sem comentário...

Crazy Mary disse...

Doce.